Derrube esses mitos e melhore sua qualidade para competir de frente com qualquer empresa do mercado brasileiro e mundial
1. O número de passes aumenta o consumo de tinta?
Essa é uma questão que gera muitos questionamentos entre os operadores de impressoras digitais de grande formato. Na realidade o aumento de passes durante a impressão não aumenta o consumo de tinta, aumenta apenas o tempo de impressão, pois a carga de tinta é fracionada de acordo com o número de passadas selecionado, fazendo com que a precisão de disparo do cabeçote seja mais eficiente. Isso reflete numa maior qualidade de impressão. Ex. 2, 4 e 8 passes terão a mesma carga de tinta, porém com tempos diferentes de impressão. O que realmente interfere na carga de tinta é a resolução, tipo de pontos (fixo ou variável), e a voltagem das cabeças de impressão.
2. A extensão do arquivo pode interferir no resultado de cor?
Alguns critérios devem ser considerados neste tema, pois existem vários tipos de extensões de arquivos para diferentes tipos de aplicação. Ex. Impressão, vídeo e web. Os arquivos em geral compartilham das mesmas informações numéricas em LAB, porém de acordo com a saída (impressora) esses valores devem ser convertidos para que sua aparência se mantenha independentemente de sua saída (impressora). Então podemos concluir que se levarmos tais critérios numéricos em LAB o resultado de cor será mantido independentemente da extensão. Ex. TIFF, JPEG, EPS, PS, PDF entre outras extensões não sofrem alteração no resultado de cor.
3. O que é um perfil de cor genérico?
Muitas empresas, independentemente do seu tamanho, acabam utilizando perfis genéricos em seus equipamentos de impressão. Geralmente isso ocorre devido à da falta de informação ou até mesmo por uma questão de acomodação. O perfil genérico faz com que tanto a impressão, quanto a pré-impressão dispensem um tempo valioso editando arquivos de forma empírica (tentativa e erro), onerando os recursos da empresa: hora homem, hora máquina e matéria prima. Esse problema pode ser minimizado com as práticas do gerenciamento de cores onde cada substrato será tratado individualmente, otimizando todos os recursos da empresa.
4. Preciso ter meus aplicativos sincronizados?
Esse é um dos maiores problemas encontrados na maioria das empresas, onde existem vários usuários com diferentes configurações em seus aplicativos gráficos. Isso gera um conflito de informações de maneira oculta, onde o usuário infelizmente só vê o resultado após a impressão final. A partir do momento que você iniciar os seus trabalhos com os aplicativos sincronizados você eliminará muitas variáveis de seu fluxo de trabalho. Recomenda-se sincronizar os arquivos com base em informações laboratoriais para que assim o seu sistema seja o mais estável e previsível possível.
5. O perfil ICC resolve tudo?
Acreditar que apenas o perfil ICC irá resolver todos os problemas de impressão é um conceito errado, pois além de gerar o perfil ICC você deve compreender como ele funciona em seu workflow. Para se ter uma ideia, a utilização de um único perfil ICC pode gerar diferentes resultados, levando-se em conta os diferentes tipos de renderização, tais como: relativo colorimétrico, absoluto colorimétrico e perceptual (fotográfico), entre outros. Somente tendo domínio deste processo você irá conseguir minimizar ao máximo os problemas de impressão. Na grande maioria dos casos o perfil ICC não traz consigo as informações de linearização o que o torna ineficiente.
6. Se reduzir a resolução ganho em velocidade, mas posso comprometer o resultado de cor?
Essa questão, acredito, ser a maior batalha entre fabricantes de impressoras e clientes, pois os fabricantes sempre falam de resolução máxima, velocidade máxima e qualidade máxima, mas esses adjetivos nem sempre andam juntos, o que acaba gerando muito dor cabeça. A velocidade de impressão irá depender muito do tipo de tecnologia que seu equipamento possui e o que acaba acontecendo na grande maioria dos casos é o cliente reduzir a resolução para que o equipamento fique mais veloz. Sendo assim você compromete drasticamente a reprodução as cores, obtendo resultados não satisfatórios. Antes tomar tal decisão analise os resultados nas mais distintas resoluções.
7. Matéria prima de baixa qualidade pode comprometer o resultado das cores?
Sim, além de comprometer o resultado em si, isso pode acarretar um consumo maior de tinta para obter um determinado resultado. Isso quando falamos em substratos (mídias), mas o conceito serve para as tintas. O mercado de tintas é um mercado milionário, onde N empresas estão concorrendo na conquista de clientes. Quando falamos em tinta algumas considerações devem ser levadas em conta, não apenas o valor de compra mas também suas características como: quais cabeçotes podem utilizar determinada tinta, durabilidade, poder tintorial, ficha técnica, entre outras considerações. Recomendo que sempre antes de utilizar um produto verifique qual o número de usuários e grau de satisfação do produto.
8. Porque devo utilizar um Software RIP e qual é configuração ideal?
A utilização do software RIP nada mais é que um tradutor profissional (comercial/industrial) de informações com maiores recursos do que apenas utilizar o driver da impressora (uso doméstico). Suas configurações vão de acordo com a necessidade de seus usuários. Este tipo de software dispõe de vários recursos para as mais distintas finalidades, seja na otimização de mídia, marcas de registro e corte, informações de cores e muito mais. Entre tantas outras vantagens de se utilizar um software RIP, pode-se por exemplo, limitar a quantidade de tinta utilizada para que diferentes impressoras imprimam da mesma após a aplicação dos 5 Cs do gerenciamento de cores.
9. Sou bom de Olho!!!
Essa é a frase mais comum entre os sigmakers. Se você é um X-Men pode até ser verdade, mas para maioria dos seres humanos isso é praticamente impossível. Nosso sistema ótico é muito suscetível a falhas, onde ninguém enxerga da mesma maneira. Se você trabalha apenas de maneira visual acaba trabalhando de forma empírica e considerando apenas o seu gosto, e isso torna o processo subjetivo. Quando trabalhamos de maneira objetiva precisamos nos munir de conhecimento, instrumentos de medição e iluminação correta. Somente desta forma iremos conseguir trabalhar objetivamente com controle do processo.
10. O meu CMYK é igual ao seu CMYK?
Esse é um erro recorrente, pois por falta de conhecimento muitas pessoas acabam achando que os valores CMYK são iguais para todos os dispositivos (impressoras). A síntese substrativa (CMYK) pode sofrer inúmeras alterações de acordo com o objetivo de saída, pois ela é totalmente dependente do espaço LAB. Isso significa que para 2 impressoras reproduzirem a mesma cor elas poderão ter valores CMYK totalmente diferentes.